Atalhos de busca por palavras-chave direto na barra de endereços no Safari

Prefixos de busca digitados diretamente na barra de endereços permitem indicar qual site de busca deve ser usado.

Alguns navegadores que já usei oferecem na sua barra de endereços o recurso de direcionar as buscas a mecanismos específicos quando elas vêm acompanhadas de um prefixo específico - por exemplo, digitar w pink floyd pesquisa sobre o Pink Floyd na Wikipedia, e digitar y rolling stones pesquisa sobre os Rolling Stones no Youtube.

Quando migrei para o Safari, anos atrás, senti falta desse recurso, e tentei reimplementá-lo de várias maneiras (inclusive usando servidores proxy), até que descobri a extensão Safari Keyword Search, cujo objetivo é oferecer exatamente esse mesmo serviço, e que até hoje continua me deixando muito mais satisfeito do que a Busca Rápida de Sites que a Apple incluiu no Safari a partir do Yosemite (e já é um bom avanço em direção à minha demanda).

Ela vem com vários prefixos pré-instalados, para serviços da Amazon, DuckDuckGo, Google, Wikipedia e outros, e é fácil editá-los ou incluir os seus preferidos, bastando clicar com o botão direito em qualquer aba e selecionar a opção "Keyword Search Settings" no meu de contexto.

Essa opção leva à tela a seguir, que permite editar ou incluir na lista de prefixos de busca:

Para incluir um serviço de busca, basta colar a URL de resultados de uma busca real que você fizer nele, e substituir por "@@@" nela o termo de busca que você estava procurando. Usando como exemplo a pesquisa em destaque na tela acima: quando eu uso a caixa de pesquisa do Youtube para procurar pelo Nirvana, a URL da página de resultados resultante será a seguinte:

https://www.youtube.com/results?search_query=nirvana

Note que o termo pesquisado faz parte da URL, eu o coloquei em negrito. Assim, a URL de expansão que eu inseri para buscas no Youtube será:

https://www.youtube.com/results?search_query=@@@

Eu uso essa extensão há anos em vários Macs, e o recurso de exportação e importação que ela oferece (na base da tela de configuração) facilita fazer backup da configuração, ou mesmo copiá-la para outros Macs. Ao usar a opção Export, uma string de configuração é gerada, e pode ser gravada em um arquivo-texto ou copiada para outros Macs para ser usada com a opção Import.

Na minha configuração estão definidos prefixos como:

  • g, gbr: Google US e BR
  • w, wpt: Wikipedia e Wikipédia
  • i, il, it, ia: Google Images geral / grandes (large) / transparentes / animações
  • brl, brm, bra: BR-Linux, BR-Mac, BR-arduino
  • d: Dictionary.com
  • y: Youtube

A pesquisa "g" está definida como default, o que significa que, na ausência de prefixo, ela será a escolhida. Você pode definir qualquer das suas pesquisas como default.

Caso você queira usar minha configuração como base, a minha string de exportação é a seguinte:

{"g":"http://www.google.com/search?q=@@@","Default":"g","bra":"http://www.google.com/search?hl=en&q=@@@+site:br-arduino.org&btnG=Google+Search
","brl":"http://www.google.com/search?hl=en&q=@@@+site:br-linux.org&btnG=Google+Search","brm":"http://www.google.com/search?hl=en&q=@@@+site:br-mac.org&btnG=Google+Search","d":"http://dictionary.reference.com/search?q=@@@","e":"http://www.google.com/search?hl=en&q=@@@+site:efetividade.net&btnG=Google+Search","gbr":"http://www.google.com.br/search?hl=pt-BR&q=@@@&btnG=Pesquisa+Google&meta=","i":"http://images.google.com/images?q=@@@&hl=en&btnG=Google+Search","ia":"https://www.google.com.br/search?q=toy&hl=en&btnG=Google+Search&tbm=isch&gws_rd=cr&ei=drouVrT_AYSueKKIsJAI#q=@@@&hl=en&tbm=isch&tbs=itp:animated","il":"https://www.google.com/search?hl=en&q=@@@&tbm=isch&tbs=isz:l","ilt":"https://www.google.com.br/search?q=keys&hl=en&btnG=Google+Search&tbm=isch&gws_rd=cr&ei=ALouVtPXKcS6eJb9pbAG#q=@@@&hl=en&tbs=ic:trans,isz:l&tbm=isch","ip":"http://www.whatsmyip.org/","it":"https://www.google.com.br/search?q=legos&hl=en&btnG=Google+Search&tbm=isch&gws_rd=cr&ei=lbkuVsDjEIi2ebb8iIAH#q=@@@&hl=en&tbm=isch&tbs=ic:trans","w":"http://en.wikipedia.org/wiki/Special:Search?search=@@@&go=Go","wpt":"http://pt.wikipedia.org/wiki/Especial:Search?search=@@@&go=Artigo","y":"http://www.youtube.com/results?search_query=@@@&search_type=&aq=f"}

Uma extensão alternativa (que nunca testei) é a Omnikey for Safari e, caso você queira usar algo parecido e não deseje instalar extensões, você também pode definir o serviço DuckDuckGo como pesquisa default do Safari (nas preferências, selecione "Geral" e "Buscador padrão"), e recorrer aos DuckDuckGo Bangs, que definem milhares de prefixos iniciados por um ponto de exclamação - o que aliás fica também como dica para quem quer ter um serviço similar no Safari do seu smartphone.

Converter vídeos no Mac com o Handbrake 1.0

App clássico e open source de conversão de vídeo chega à versão 1.0 trazendo presets melhorados e outras novidades.

Handbrake é o canivete suiço da conversão de vídeos, incluindo formatos, dimensões, resolução, qualidade, legendas, áudio, capítulos, filtros e tantos outros detalhes que os interessados na área não dispensam.

A popularização dos serviços de streaming e o crescente abandono da distribuição de filmes em suportes baseados em discos (DVD, etc.) fizeram mudar bastante o contexto das demandas de conversão de formatos de vídeo, mas elas continuam a existir e, para quase todos os contextos nos quais eu participo, o veteraníssimo Handbrake continua a ser a melhor alternativa de app para Mac.

Durante todos esses anos de popularidade geek, o Handbrake esteve sempre em estágio beta. Na véspera de Natal deste ano, entretanto, os desenvolvedores resolveram sair do beta e lançar sua versão 1.0, considerada estável, e acompanhada de documentação oficial voltada aos usuários finais.

Os presets, que são configurações de uso geral que sempre vieram pré-definidas para seleção pelo usuário na barra lateral direita do app, foram renovados, e agora há opções para variados formatos e definições, baseadas no tempo que demora a conversão, na qualidade desejada, no dispositivo em que o vídeo vai ser exibido (PS4, XBox, Apple TV, Chromecast, etc.), no formato de saída (várias opções de MKV) e mais.

Além disso, a nova versão trouxe melhorias de desempenho (que se traduzem em conversões mais rápidas), suporte a novos formatos e filtros (o cada vez mais necessário rotate agora está mais disponível, por exemplo).

Especificamente para o Mac, a nova versão trouxe suporte a undo/redo, melhorias no suporte a arrastar conteúdo, possibilidade de adicionar arquivos em lote para conversão, melhorias no Preview, e mais.

O download do Handbrake 1.0 já está disponível, gratuitamente.

Shift: Cada conta do Gmail em sua própria aba no Mac

É grátis para quem tem até 2 contas, embora com recursos a menos.

As minhas 2 contas de e-mail residem no Gmail, e pelo menos desde 2013 eu uso o app Mailplane no Mac. Nunca fui fã do app Mail default – nem no Mac, nem no iOS –, e o Mailplane me permite gerenciar facilmente 2 contas do Gmail abertas ao mesmo tempo, cada uma na sua aba, com direito a notificações, um pouquinho de automação com Applescript, acesso aos contatos e agenda do Google, e outros confortos.

Estou satisfeito com o Mailplane e não pretendo mudar tão cedo, mas deixo aqui o registro para o caso de alguma demanda futura: o Shift oferece basicamente o mesmo serviço para o qual uso o Mailplane, e é grátis para quem usa até 2 contas do Gmail.

Ele não faz menção à possibilidade de automação via Applescript, mas em compensação inclui no seu escopo (para usuários pagantes) também o acesso ao Google Drive. Usuários pagantes também ganham notificações avançadas, suporte a contas do Outlook.com e remoção de uma indesejada assinatura de mensagens dizendo "Sent with Shift".

Talvez seja otimismo demais acreditar que, quando eu vier a precisar descontinuar o Mailplane, ainda haverá essa opção grátis para quem usa até 2 contas no Shift mas, se isso não acontecer, ao menos terei compartilhado a dica com você ;-)

Checklist: 4 passos para aumentar o desempenho do Mac só com ferramentas do OS X

O primeiro item só precisa ser feito uma vez, mas o ideal é que o 3º passe a fazer parte da sua rotina!

Até um Mac bem configurado e com a manutenção em dia pode ficar lento de vez em quando.

Quando isso acontece comigo, e mesmo antes de instalar qualquer ferramenta ou abrir o Terminal, eu sigo uma sequência de 4 itens rápidos, todos executados com recursos do próprio OS X, para resolver as causas mais comuns e voltar rapidamente ao que estava fazendo.

O checklist é o seguinte:

  1. Reduzir transparência: Existem muitas alterações de configuração que interferem no desempenho, mas se o seu Mac tem mais do que 2 ou 3 anos de idade, um ponto é especial: os efeitos visuais de transparência das versões recentes do OS X. Desativar é simples: nas Preferências, clique no ícone Acessibilidade, e marque a opção "Reduzir transparência".
  2. Fechar aplicativos excessivos: pressione +Tab e você verá os ícones de todos os apps que estão em execução. O OS X é bem competente para fazer com que aqueles que estão em segundo plano não ocupem muitos recursos, mas mesmo assim a soma deles acaba interferindo. Para fechar alguns deles rapidamente, continue pressionando +Tab até o ícone dele ser selecionado, aí pressione q. Repita até fechar todos que não forem fazer falta no momento. Uma olhada em Preferências do Sistema | Usuários e Grupos | Itens de Início pode permitir remover apps que estão carregando desnecessariamente a cada vez que você faz login.
  3. Limpar espaço no disco principal: quanto mais cheio o HD ou SSD principal do Mac, maior a chance de haver perda de desempenho. Em outras palavras: ter bastante espaço livre tende a aumentar o desempenho do Mac. Se você estiver abaixo dos 20% de espaço livre, esvaziar a lixeira, limpar caches e logs, mover para outro dispositivo os arquivos excessivos e desinstalar o que você não usa mais pode ajudar bastante.
  4. Identificar os gastadores: se os 3 itens acima não bastarem, ainda resta uma ferramenta de diagnóstico para os usuários mais avançados: o utilitário Monitor de Atividade (pressione +Espaço e digite Monitor de Atividade) permite listar facilmente os processos em execução, na ordem em que estão ocupando os recursos (como a CPU, a memória ou a rede). Não saia fechando arbitrariamente: se algo parecer estranho, pesquise a respeito, pois pode ser alguma tarefa importante, como a indexação para o backup online ou algo assim. Se não for, descubra como desativar, ou como reconfigurar para rodar em um momento mais conveniente.

Se os itens acima não bastarem, e a premissa inicial (o Mac estar bem configurado e mantido) for verdadeira, é possível que você esteja mesmo tentando rodar uma operação acima da capacidade de desempenho do seu computador.

Neste caso, além de procurar técnicas mais avançadas de otimização (e se o Mac em questão não for um Air), ainda podem restar 2 opções mais radicais, embora custosas e não imediatas: ampliar a RAM1 e trocar o HD principal por um SSD (se ainda não for).

 
  1.  Para minha rotina o mínimo para ter desempenho satisfatório são 8GB de RAM.

Popclip automatiza e personaliza edição de textos em qualquer editor do Mac

App oferece recursos de automação para quem usa bastante o mouse enquanto edita textos, programas e sites.

O Popclip age sempre que você seleciona um trecho de texto no Mac, exibindo um menu visível (similar ao que o iOS oferece para copiar/colar), com uma série de ações e opções configuráveis pelo usuário (inclusive com scripts, para quem conhece e curte).

As opções incluídas no programa são variadas: se o texto selecionado contiver uma URL, por exemplo, haverá a opção de abri-la no navegador. Para textos em geral, eles poderão ser enviados para apps selecionados (Evernote, por exemplo), pesquisados na web, ou mesmo no dicionário. Além disso, opções genéricas como copiar e colar podem estar disponíveis.

Além disso, está disponível para os usuários uma coleção de mais de 140 extensões que você pode ativar, trazendo funções extras como: contar palavras, converter para maiúsculas, colar removendo formatação, traduzir, inserir aspas especiais, criar um lembrete na agenda, etc.

Com a extensibilidade via scripts, dá para acrescentar inteligência a quase qualquer editor e tela de edição: veja a coleção de scripts PopClip para edição HTML e MarkDown do Brett Terpstra, por exemplo.

Você também pode criar seus próprios scripts, e com bastante flexibilidade: elas podem envolver AppleScript, chamar scripts shell, serviços do sistema, simular pressionamento de teclas e abrir URLs.

Para quem curte automação de tarefas e personalização do ambiente e usa bastante o mouse para controlar o sistema (particularmente prefiro o teclado), poucas opções podem ser mais acessíveis do que o Popclip. Recomendo!


Observação importante: o Popclip funciona com qualquer app que use serviços do OS X para editar textos, o que inclui praticamente todos os editores de texto nativos que funcionem fora do Terminal.

Ele funciona em outros aplicativos também, mas se este implementar sua própria forma de gerenciar teclas e exibir os caracteres no campo de edição (o que é comum em programas multiplataforma e em jogos, por exemplo), é possível que o Popclip não funcione nele.

Existe uma lista de apps incompatíveis, e cito alguns deles: Adobe Reader, emacs, vim, iBooks, Kindle para Mac, boa parte dos apps em Java, LibreOffice, PowerPoint, Things.

OpenEmu 2.0.1: emulador para Mac inclui suporte a Playstation, PSP e Nintendo 64

Nova versão amplia desempenho, renova interface com usuário, acrescenta rewind em tempo real e suporte a 16 plataformas adicionais.

Há 2 anos, no finalzinho de 2013, saiu a primeira versão pública do OpenEmu, que na ocasião eu descrevi como “um presentão de final de ano para os retrogamers que gostam de voltar a apreciar as emoções e a diversão dos jogos de décadas passadas, em consoles como NeoGeo, Game Boy, Nintendo e Super Nintendo, Master System e mais”.

Ele continua sendo tudo isso, mas o Natal de 2015 inspirou seus desenvolvedores a lançar uma atualização que é um presentão adicional: o OpenEmu 2.0.1 tem nova interface com o usuário (que continua lembrando a do iTunes clássico), desempenho melhorado e recursos atualizados (incluindo organizador de saves, e o mítico rewind em tempo real).

O mais interessante: ele agora suporta 16 videogames adicionais, incluindo alguns relativamente modernos, como o Playstation 1, PSP, Nintendo 64, e alguns clássicos que não estavam presentes nas versões anteriores, como o Odyssey² (que no Brasil saiu como o Odyssey da Philips), ColecoVision, Intellivision e alguns modelos posteriores de Atari.

Vale lembrar que a versão inicial já suportava várias plataformas populares, incluindo NeoGeo, NES, Super Nintendo (SNES), Nintendo DS, Game Boy Advance, Game Boy Color, Sega 32x, Sega Game Gear, Sega Genesis, Sega Master System, TurboGrafx 16 e VirtualBoy.

Confira: OpenEmu 2.0.1.

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